Agronegócio

Acrimat diz que demanda sustenta preço do boi gordo em MT

Acrimat diz que demanda sustenta preço do boi gordo em MT

Por: Viola Show I Fonte: Globo Rural - Ribeirão Preto - SP

17/04/2014

Entidade descarta que setor tenha sentido efeito da seca do começo do ano
O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, disse que a demanda por carne, principalmente externa, está dando suporte aos preços do boi gordo no Estado e não a restrição de animais prontos para abate. "Não fomos atingidos pela seca do começo do ano e o movimento de retenção de fêmeas não está tão grande quando se fala no mercado. Além disso, os abates não diminuíram tanto, porque estamos abatendo animais mais jovens, graças ao uso da tecnologia", disse à reportagem.O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) diz, no entanto, que nos três primeiros meses do ano o volume de fêmeas abatidas foi 11,48% menor que no mesmo período do ano passado. "Mas se formos comparar esses abates com outros períodos anteriores, o número não difere muito", rebate Vacari. Para o abate total, o Indea estima queda de apenas 1,55% de janeiro a março na comparação com os mesmos meses de 2013."Estamos abatendo animais mais jovens, graças ao uso da tecnologia" (Luciano Vacari, superintendente da Acrimat)

Vacari prevê preços firmes para a arroba do boi gordo no Estado. Atualmente, a cotação média é de R$ 114 à vista e R$ 115 a prazo, livre de Funrural. Para 2015, o superintendente aguarda uma redução significativa da oferta de boi gordo e de bezerros em Mato Grosso, o que poderá dar suporte adicional aos preços.Sobre o confinamento no Estado, Vacari disse ser difícil fazer uma projeção neste momento. "Ainda dependemos de como estarão os valores do boi magro e da alimentação dos animais. Hoje, os valores de venda estão atrativos, mas precisamos ver como ficará a renda da atividade, com os custos de produção", declarou. Entretanto, o dirigente ponderou que, "se tudo ficar bem" em termos de custos, Mato Grosso pode confinar mais neste ano do que as 700 mil cabeças do ano passado.

Publicidade