Agronegócio

Aftosa: Brasil inicia estudo para certificar novas áreas livres sem vacinação

Etapa consiste na coleta de amostras de sangue e inspeção clínica dos animais, além da aplicação de um questionário que deve ser respondido pelo produtor rural

Por: Viola Show - Ribeirão Preto - SP

20/05/2020

Rio Grande do Sul, Paraná e o Bloco I do Plano Estratégico (PE) 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (composto por Rondônia, Acre, 13 municípios do sul do Amazonas e cinco municípios do oeste de Mato Grosso) iniciaram o estudo soro epidemiológico para febre aftosa.
A etapa é necessária para que possam pleitear à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) o reconhecimento como zonas livres de febre aftosa sem vacinação. O trabalho é coordenado pelo Ministério da Agricultura e está previsto no plano estratégico.Febre aftosa: vacinação é suspensa no Rio Grande do SulA etapa consiste na coleta de amostras de sangue e inspeção clínica dos animais, além da aplicação de um questionário que deve ser respondido pelo produtor rural. O objetivo do estudo é comprovar que não existe a transmissão do vírus da febre aftosa nessas regiões. A metodologia utilizada e os resultados obtidos irão compor o relatório que será enviado à OIE. A seleção das propriedades foi feita por amostragem e abrangerá 995 estabelecimentos rurais, com cerca de 50 mil bovinos.Para a execução desse trabalho, 120 médicos veterinários dos serviços veterinários dos estados lideram as equipes de campo. As amostras serão enviadas e processadas nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) do ministério, situados em Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Belém (PA). A previsão é concluir os estudos até julho.Segundo o chefe da Divisão de Febre Aftosa do Ministério da Agricultura, Diego Viali dos Santos, estão sendo tomados todos os cuidados para a prevenção da Covid-19, seguindo as normas sanitárias definidas pela área de saúde.O que vem depois?De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA), Geraldo Moraes, o resultado do trabalho será encaminhado, junto com outras informações, em agosto ao Grupo ad hoc de febre aftosa do Comitê Científico da OIE, que irá avaliar o atendimento das condições necessárias para reconhecimento internacional das áreas como livres de aftosa sem vacinação.Caso o comitê recomende o pleito do Brasil, a proposta é enviada à Assembleia Geral da OIE, prevista para ocorrer em maio de 2021, quando os países-membros irão votar o reconhecimento.

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