Agronegócio

Pesquisadores do RJ desenvolvem soro contra a Covid-19 com a ajuda de cavalos

A ideia é que os animais forneçam os anticorpos para o tratamento da doença. Técnica tem o mesmo princípio do soro usado contra picada de cobra e de abelha. Soro deve estar disponível nos primeiros meses de 2021.

Por: Globo Rural - Ribeirão Preto - SP

14/07/2020

Um estudo no Rio de Janeiro pode trazer bons resultados no tratamento da Covid-19. Pesquisadores do Instituto Vital Brazil estão desenvolvendo um soro com a ajuda de cavalos.O soro contra a Covid deve ser uma forma de tratamento para quem já está doente, não uma vacina. A estimativa é que o produto esteja disponível nos primeiros meses de 2021.A ideia é usar o plasma do cavalo - que é a parte líquida do sangue - para estimular a produção de anticorpos capazes de combater o novo coronavírus em humanos. Isso se daria por duas maneiras:Uma delas pega a proteína que o coronavírus usa para se ligar à célula humana e injeta no cavalo. A ideia é que o animal produza anticorpos capazes de impedir que o vírus consiga infectar essa célula.A outra utiliza o vírus inteiro, mas inativado. Assim, o cavalo produz anticorpos que permitem que o organismo humano destrua esse vírus.A expectativa é de que em 6 semanas os animais possam estar produzindo os anticorpos para a fabricação do soro."O animal, ao entrar em contato com essa partícula estranha, não adoece, mas o sistema imunológico dele desenvolve anticorpos capazes de neutralizar o vírus", explica Jeferson Lima da Sila, professor do Instituto de Bioquímica Médica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).A estratégia não é nova, é utilizada pelo Instituto Vital Brazil há pelo menos um século. Com a ajuda dos cavalos, os pesquisadores já desenvolveram vacinas e soros contra picada de cobra, aranha, escorpião e até de abelha.

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